📋O recrutamento por habilidades e a desigualdade de gênero
A nova edição do Workforce Report do LinkedIn revela que a adoção de um modelo de seleção focado em habilidades, e não apenas na experiência, pode melhorar a representação feminina em diversas indústrias.
No Brasil, a presença de mulheres em ocupações com baixa participação feminina pode crescer 12% com essa abordagem. Globalmente, o aumento chega a 13%.
Os dados do relatório mostram que esse modelo amplia o grupo de candidatos qualificados para uma vaga ao incluir profissionais que possuem pelo menos metade das principais competências exigidas, mesmo sem histórico direto na função.
"No processo seletivo tradicional, a experiência anterior é o principal foco — ou seja, se você já ocupou um cargo semelhante ao da vaga, tem mais chances. Já o recrutamento por habilidades olha para o que a pessoa sabe fazer, e não apenas para onde ela já trabalhou. Isso abre oportunidades para quem tem as competências certas, mesmo que venha de uma outra área", explica Mariana Torres, especialista em recolocação e carreira.
👉 Veja os setores que teriam maior ganho em representatividade feminina no Brasil com a seleção por habilidades:
➡️ Petróleo, gás e mineração: 34% (habilidades) vs. 30% (tradicional) – melhoria de 13%.
➡️ Comércio atacadista: 44% (habilidades) vs. 39% (tradicional) – melhoria de 13%.
➡️ Agricultura, pecuária, produção florestal e pesca: 38% (habilidades) vs. 34% (tradicional) – melhoria de 12%.
➡️ Transporte, armazenagem e correio: 40% (habilidades) vs. 37% (tradicional) – melhoria de 8%.
➡️ Alojamento e alimentação: 51% (habilidades) vs. 48% (tradicional) – melhoria de 6%.
➡️ Serviços de eletricidade, gás, água e esgoto: 51% (habilidades) vs. 48% (tradicional) – melhoria de 6%.
Para Josiane Serrano, gerente da área de atendimento corporativo do Senac São Paulo, a pesquisa reforça que o recrutamento com foco em habilidades vai além de uma tendência: "É um caminho essencial para acelerar a equidade de gênero e garantir que as empresas tenham o ao melhor talento disponível".
Ela destaca que esse modelo funciona como uma alavanca estratégica para ampliar a diversidade e impulsionar a inovação. "Ao priorizar competências, abrimos portas para profissionais que, muitas vezes, ficam de fora dos processos tradicionais por não possuírem experiências diretas, mas que têm as qualificações técnicas e comportamentais necessárias para a função. Se queremos resultados diferentes, precisamos agir de forma diferente."
🔬 Saiba mais sobre a metodologia aqui: https://lnkd.in/ecDWVW
📝 Leia o relatório completo (em inglês): https://lnkd.in/ecAvG6PP
💬 Na sua visão, qual é a melhor forma de as mulheres destacarem suas habilidades (incluindo aquelas desenvolvidas fora do ambiente de trabalho) em uma entrevista de emprego? Conte nos comentários!
✍️: Ana Prado
📊: Silvia Lara, LinkedIn's Economic Graph
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