Como os países estão adotando as competências verdes

Governos de todo o mundo enfrentam um dilema: como impulsionar o crescimento econômico e criar oportunidades, reduzindo as emissões de carbono? Para ajudar na transição verde, no LinkedIn, colaboramos com legisladores e líderes empresariais fornecendo insights práticos. Usamos o Índice de Intensidade de Competências Verdes. Trata-se de uma métrica que indica como as habilidades sustentáveis são aplicadas em diferentes países. É uma ótima maneira de descobrir tendências e preencher lacunas. Vejamos alguns exemplos de todo o globo. Os Estados Unidos possuem a maior taxa de competências verdes. Embora seja o segundo emissor de carbono do mundo, é líder na aplicação desse tipo de habilidades. Os postos de trabalho na área de energias renováveis e ecologia cresceram notavelmente no país. Se essa tendência continuar, os empregos nesses setores ultraarão os da indústria de petróleo e gás até 2023. A mudança está sendo impulsionada pela geração Z, pessoas nascidas entre 1990 e 2010, que podem começar a trabalhar diretamente em empregos sustentáveis. Aliás, a contratação de recém-formados nos setores de energias renováveis e ecologia é 0,6 vezes maior do que no de petróleo e gás. Estilos de vida mais ecológicos promovem mudanças radicais. A indústria automotiva da Europa está sendo remodelada pela transição para veículos elétricos em um setor responsável por cerca de 1 em cada 9 empregos de produção, criando uma enorme demanda por competências verdes. Esse tipo de talento está aumentando em mais de 11% a cada ano, conferindo as maiores taxas de crescimento a esse setor de produção. Isso trará novas oportunidades de emprego, pois os carros elétricos envolvem fabricação, software, pesquisa e desenvolvimento e muito mais. A agricultura é outro setor em que vemos mudanças, especialmente na região Ásia-Pacífico. Países como Austrália, Nova Zelândia, Índia e Cingapura têm cada vez mais profissionais com competências verdes. Na agricultura sustentável, o índice tem crescido 12% ao ano, sobretudo na produção agrícola, leiteira e pecuária. É uma evolução promissora em um setor que representa mais de 20% das emissões globais. Então, observe que os países podem reduzir as emissões enquanto criam oportunidades de emprego verdes. O mais emocionante de tudo é ver que eles podem aprender uns com os outros para inovar. Afinal, somos movidos por um objetivo comum: deixar a Terra melhor do que a encontramos.