Desconcentrar para transformar: ASID Brasil no 13º Congresso GIFE e o Lançamento do Programa Habilita Entre os dias 8 e 10 de maio, Fortaleza foi palco de um dos eventos mais relevantes do campo do investimento social privado no Brasil: o 13º Congresso GIFE. Com o tema “Desconcentrar poder, conhecimento e riquezas”, o encontro reuniu organizações da sociedade civil, empresas, fundações, institutos e lideranças do setor para refletir sobre os caminhos possíveis para um país mais justo e equitativo. A ASID Brasil esteve presente neste momento decisivo, representada Matheus Garcia, com o objetivo de fortalecer conexões, compartilhar aprendizados e anunciar uma de suas mais recentes inovações sociais.
Acabou ontem, em Fortaleza, a 13ª edição do Congresso GIFE um dos eventos mais relevantes do campo do investimento social no Brasil. Tive a honra de representar a ASID Brasil, fazer conexões inspiradoras e mergulhar em discussões valiosas, todas alinhadas à temática central do evento: desconcentrar poder, conhecimento e riquezas. Na abertura, Abigail Disney, filantropa e ativista social, trouxe reflexões potentes sobre a concentração de riqueza e o papel da filantropia na descentralização de recursos financeiros. Logo em seguida, acompanhei um sobre investimento social corporativo e alternativas para o enfrentamento das desigualdades, com as sempre assertivas participações de Paula Jancso Fabiani, PhD, CEO do IDIS - Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social e Camila Valverde, Diretora Executiva da Fundação ArcelorMittal. Fomos provocados a refletir sobre caminhos concretos para tornar o campo do ISC mais diverso, com destaque para o engajamento empresarial em compromissos como o Compromisso 1%. No segundo dia, a plenária de abertura trouxe o tema “A escuta do território como vetor democrático de transformação social”, com a participação de Carola M.B. Matarazzo, do Movimento Bem Maior. Outros temas fundamentais também marcaram presença, como: Inclusão produtiva e sustentabilidade, em mediado por Natalia Di Ciero Leme Quadros, Gerente da Fundação Arymax; Ações emergenciais, destacando como empresas e organizações da sociedade civil têm colaborado para mobilizar recursos (financeiros e não financeiros) frente às crises climáticas com as brilhantes participações de Luis Fernando Guggenberger e Fabiana Prianti (um dos melhores painéis, na minha opinião) e Financiamento de organizações negras, nos fazendo refletir sobre como a filantropia e o investimento social privado ainda não têm priorizado essa pauta como estratégia central para promover equidade racial e justiça social. Um profundo, com as presenças inspiradoras de Vitor Hugo Neia da Fundação Grupo Volkswagen e Marcio Black do Instituto Beja. Na plenária de encerramento, fomos convidados a refletir: A filantropia está, de fato, diminuindo as desigualdades ou apenas mantendo o status quo? Com falas provocadoras de Ticiana Rolim Queiroz e Eduardo Saron, presidente da Fundação Itaú. Foram dias intensos em Fortaleza, e saio com a certeza de que o movimento filantrópico organizado tem enorme potencial para acelerar a redução das desigualdades sociais no país. Além disso, tivemos o orgulho de lançar o Programa Habilita, nova tecnologia social da ASID Brasil, que aproxima a filantropia de uma agenda de inclusão socioeconômica para pessoas com deficiência. Mais detalhes sobre esse projeto estão nos comentários deste post!